Crianças x chocolate: pode ou não?
Entenda porque o alimento não é indicado para bebês e saiba a partir de quando é possível oferecer às crianças (mas sempre com equilíbrio)
Com a Páscoa chegando, muitas mães, pais e responsáveis ficam em dúvida: será que já posso oferecer chocolate à criança? O que isso pode trazer de mal a ela? Como fazer boas escolhas?
De maneira geral, o chocolate é um alimento ultraprocessado e com altas quantidades de açúcar, por isso todo cuidado é pouco na hora de oferecê-lo na alimentação dos filhos. Porém, com equilíbrio e informação, é possível tomar boas decisões sem excluir a criança das comemorações de Páscoa.
Entenda melhor a relação entre criança e chocolate e veja como encontrar um ponto de equilíbrio!
Afinal, criança pode comer chocolate?
A resposta é depende. Da idade, da alimentação e da rotina da criança.
Por exemplo, até completar o primeiro ano de vida, o chocolate é praticamente proibido, pois pode criar dificuldades na alimentação de rotina, uma vez que o bebê ainda está em adaptação. Do primeiro ao segundo ano, também não é nada indicado, pois a criança está passando por um salto de desenvolvimento muito grande, e o açúcar pode ser prejudicial nesse processo.
Depois da primeira infância (que vai até a criança completar 4 anos), o chocolate já começa a ser “aceito”, biologicamente falando, já que não trará tantos problemas diretamente relacionados a ele. Mas isso não quer dizer que está totalmente liberado.
Os chocolates, de maneira geral, não são indicados para as crianças e não devem fazer parte da alimentação rotineira. Isso porque podem trazer problemas e situações prejudiciais:
- maior agitação;
- dificuldade para dormir;
- crises de cansaço;
- problemas para comer;
- problemas na digestão;
- náusea e enjôo;
- aumento da glicemia.
A maior parte desses problemas é algo momentâneo, porém, quando o chocolate está sempre presente na alimentação, podem se tornar crônicos. Lembre-se de que o cérebro e o organismo da criança ainda estão em formação. Colocar algo em excesso pode trazer também problemas futuros, como desenvolvimento da obesidade infantil e da diabetes tipo 2.
O ponto de equilíbrio
Conforme a criança cresce, fica mais difícil afastá-la dos chocolates. Afinal, o produto faz parte do dia a dia de muita gente e da vida social, como as festinhas de criança. Ou seja, uma hora ou outra, a criança irá comer chocolate.
Em situações em que é possível ter mais controle do que está sendo consumido, o ideal é que os pais optem por oferecer chocolates com menos açúcar em sua composição (meio-amargo), além de marcas com menos processamento. Assim, conseguem oferecer uma opção mais saudável, na medida do possível.
Agora, em situações em que não há esse controle, como festas de aniversário, o ideal é conversar com a criança e determinar um equilíbrio no consumo, deixando que ela também participe dessa decisão e entenda porque não é bom exagerar no chocolate.
Outra opção é consumir chocolates com ingredientes adicionados, como nozes e amêndoas, que contam com gorduras boas e ajudam a controlar o índice glicêmico do alimento.
Cuidados com a alimentação infantil
O período da infância é também o de maior desenvolvimento do corpo e da mente humana. Nenhum outro período da vida contém a mesma quantidade de transformação pelas quais passamos na primeira e segunda infância.
A alimentação, sendo um pilar para a boa saúde, tem efeitos diretos no desenvolvimento físico e cognitivo. Sendo assim, manter um equilíbrio do que é consumido é um dos pontos essenciais.
O termo “paladar infantil”, muito relacionado com o fato das crianças gostarem de comer “besteiras” (como doces, chocolates e industrializados), na verdade acaba sendo errado nesse sentido. Isso porque o contrário é o que deveria acontecer.
O ideal é que nas fases de desenvolvimento a criança se alimente de maneira diversificada, com riqueza em nutrientes e o mais equilibrado possível, para moldar a saúde do corpo e seus níveis hormonais, de colesterol, insulina, entre outros.
Por isso, não é preciso proibir todos os doces e outros alimentos da vida da criança, mas, sim, encontrar o equilíbrio entre a alimentação saudável e consumo de alimentos mais industrializados. Assim, criam-se hábitos saudáveis que serão levados para toda a vida.